
Assim como Arnaldo Antunes outros músicos também se arriscam pelo mundo dos sonetos, dos romances e dos versos. Um dos mais bem sucedidos é Chico Buarque que coleciona sete livros publicados. O primeiro songbook de Chico foi A Banda publicado em 1966 e que trazia algumas letras e partituras. Em 1974, quando rompeu temporariamente com seus contratos musicais e ficou nove meses recluso em pensamentos, escreveu a novela pecuária Fazenda Modelo. Entre bois e outros animais, Buarque retrata a fase da ditadura, do Brasil da censura, das maravilhas e mazelas do milagre econômico.
Mais tarde, em 1979, Chico escreve o seu primeiro livro-poema infantil Chapeuzinho vermelho. A criança chapeuzinho é a representação bem humorada do vai e vem dos temores das crianças. Logo depois, em 1981, Buarque lança A bordo do Rui Barbosa. Depois de dez anos sem nenhuma publicação, Chico lança o seu primeiro romance Estorvo, finalizado em Paris.
Quatro anos depois Chico publica seu segundo romance, Benjamim. Nele é contada uma história de culpas, amarga, densa, quase sufocante. Narrada na terceira pessoa, o livro permite ao narrador conhecer os fatos dos pontos de vista dos vários personagens. Em 2003, é lançado a sua publicação mais recente, Budapeste. O livro é um romance do duplo, que circula por questões das narrativas do século XIX, através dos motivos da sombra, do sósia, da máscara, do espelho, e evolui para a indagação dessa esfinge impenetrável e desencantada que é a própria pessoa como persona e ninguém.
Foto: Sylvio Coutinho
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